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O plano demoníaco

  As chamas do inferno rugiam como oceanos invertidos. Em meio ao caos, três tronos vazios feito de ossos rachados e correntes negras pulsava com poder arcano.

  Um criatura com capuz e manto escuro se aproximava de uma cela onde o Rank E estava acorrentado.

  — Quer servir aos mestres, verme? — A voz era fria.

  O Rank E ergueu os olhos, sua pele marcada pelas cicatrizes do submundo.

  — Qualquer coisa. Apenas me dê poder.

  O encapuzado riu. — Ent?o aceite o presente de Abyzrael, o Dem?nio das Almas. O poder que molda carne, dobra vontades e carrega memórias esquecidas por milênios. Com isso, você se tornará poderoso como assim deseja, mas para isso temos que fazer um pacto.

  — Vá ao mundo dos humanos. Eles te prender?o. Quando isso acontecer, execute o plano: de a eles o nome de Kael o protetor do outro amuleto, quando fizer isso eles v?o atrás do garoto e pegar?o o colar, dessa forma deixando em um só local, as duas chaves que est?o na superfície.

  — Mas vou ser capaz de vence-los?— perguntou o dem?nio.

  O ser encapuzado riu e disse — Seu corpo fraco vai de desfazer se usar o poder das almas por mais que duas vezes, ent?o quero q use ele para fortalecer um corpo humano e realizar um ritual, você carregará a alma de Azrak um rank A, ele fará o servi?o, quando nosso reino chegar até a terra, os governantes v?o te reviver em forma de agradecimento ao seu sacrifício.

  O demonio aceita dando assim origem a um pacto. Ao receber o poder das almas o corpo do rank E se contorceu, sua pele rasgava dando origem ao que parecia ser asas, mas estavam em peda?os como se o corpo rejeitasse tal poder por n?o suporta-lo, o seu corpo queimava.

  Assim nascia um novo Rank B.

  No laboratório da organiza??o, a cela de conten??o vibrava sutilmente.

  Do outro lado do vidro, o homem de terno cinza escuro e olhos fundos, Dorian Levan, observava o Rank B. Aproximava-se dos 50 anos, respeitado, porém todos sabiam da sua personalidade gananciosa. Sua doen?a, silenciosa, consumia os pulm?es há meses.

  — Você n?o tem nome — afirmou Dorian. — Por quê?

  O dem?nio sorriu com dentes trincados. — Porque n?o mere?o. Nenhum de nós, abaixo do Rank B, é digno de nomes. Só quando provamos nosso valor. Como agora.

  Dorian se questionava, pois haviam dito que aquele ser era de Rank B, mas a forma como falava e o corpo do humano ao qual ele o possuía, parecia n?o suportar oque estava -lá, era quase como encher um recipiente demais e vê-lo trincar. E ent?o o humano pergunta.

  — Você foi decapitado por uma lamina forjada para matar dem?nios. E ainda está aqui. Como?

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  — Os humanos subestimam o que n?o entendem. A lamina de Kael é poderosa, sim... mas há lacunas. Brechas. E agora, com o poder que me foi concedido, há coisas até você deveria temer, humano. — Ele se inclinou. — Quer viver?

  Dorian se calou por um instante.

  — Está me oferecendo um pacto?

  — Curei minha própria morte. Posso curar o que te mata também.

  — O que você sabe sobre mim?

  — Sinto. Dor. Medo. O cheiro de sua doen?a. Está nos seus ossos, no seu hálito, na sua alma.

  Dorian apertou os punhos. — E o pre?o?

  — Me liberte. Em troca, curo você. Um pacto entre essência demoníaca e alma mortal n?o pode ser quebrado. Se um de nós descumprir... morre. Ou pior.

  Dorian hesitou. Ent?o digitou o código. E assim o demonio estava livre, porém, ele sabia que tinha a chance de cumprir seus planos, se n?o fizesse iria morrer de uma forma até pior pelos seus superiores e ent?o ele decide romper o pacto com o humano (algo quem nem mesmo o Abyzrael ousava fazer, talvez por honra ? ou medo...) .

  O Rank B avan?ou devagar, encostou a m?o no peito dele, sussurrando palavras arcaicas. Energia negra se espalhou pelas veias de Dorian e o que parecia ser uma fenda se abriu ao pés do homem vozes ecoavam lá de dentro, o laboratório foi encharcado de medo, todos lá dentro sabiam que algo ruim estava por vir .

  — Acorde... meu superior...

  Dorian tentou recuar.

  — E o pacto...?

  O corpo dele se dobrou, contorceu. Gritos ecoaram.

  Asas rasgaram os tecidos. Chifres cresceram. A pele escureceu.

  Em segundos, um novo ser ocupava o espa?o: Azrak, Rank A.

  — Você foi um bom pe?o. Quando os governantes retornarem, talvez lhe deem outro corpo. — E com um único gesto, ele esmagou o cranio do Rank B, para evitar problemas por um pacto ter sido rompido.

  E assim um dem?nio de rank A estava solto e com metade de seu poder por 10 minutos antes do corpo se desfazer.

  O laboratório virou um inferno.

  Ca?adores tentavam reagir.

  Um dos soldados avan?ou com uma lan?a encantada, mas Azrak se esquiva e perfura o peito do homem tirando seu cora??o.

  Três ca?adores de Rank C correram para as escadas. Azrak surgiu na frente deles em segundos, seus pés sequer tocando o ch?o. Um foi dilacerado. Outro, empalado por correntes negras. O terceiro tentou fugir e foi atingido por uma onda sonora que o deixou catat?nico.

  Dois Ranks B tentaram formar um selo de conten??o, mas foram interrompidos por uma explos?o de chamas.

  — Onde está as chaves? — rugiu Azrak.

  A alguns quil?metros do laboratório na sede da organiza??o, os líderes se reuniam em volta de uma mesa circular.

  Serena, Rank S, estava de pé, inquieta.

  — Kael parece ser confiável, seu pai ajudou a organiza??o fazendo alguns trabalhos e até mesmo nos confiou a lamina que é uma das chaves do inferno . — Ela olhou para o outro Rank S, Soren que diz.

  — Mas por quê Kael nunca veio até nos? já que vocês dizem que ele possui outra arma capaz de matar dem?nios — respondeu ele friamente.

  Os velhos que tomam conta da organiza??o n?o confiavam em Kael e estavam com o pé atras com Serena pelo seu envolvimento. Porém antes de poderem falar algo...

  Alguém entrou, ofegante.

  — O laboratório... foi atacado. Vários mortos. Um possível dem?nio de Rank A...

  Serena empalideceu.

  — Droga Kael ia pro laboratório depois de sua miss?o, deixaram Darian e um civil em um hospital para se tratarem!!!

  Serena e Soren saem da sala pegando suas armas e indo até a garagem, para tentarem chegar a tempo até o local do ataque.

  Um carro preto derrapou na estrada, música alta no rádio até que os faróis altos iluminaram os muros do laboratório agora cobertos de sangue e brasas.

  Kael e Elara descem do veículo, o casaco balan?ando com o vento quente da destrui??o, a garota assustada pergunta.

  — Quem fez isso?

  Ele olhou em volta. Paredes rachadas. Corpos caídos. Uma energia pesada no ar.

  Ele apertou a mandíbula.

  — Algo está muito errado aqui...

  A Marca em seu bra?o queimou.

  E ent?o eles caminharam em dire??o às portas escancaradas.

  Continua...

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