O cheiro de sangue ainda era fresco. As portas do laboratório estavam arrombadas e carbonizadas. Kael e Elara entraram, cautelosos. O ch?o estava coberto de corpos — ca?adores, cientistas, soldados. Fragmentos de equipamento partidos espalhavam-se entre po?as de sangue escuro.
Elara respirava com dificuldade, os olhos arregalados.
— Meu Deus... isso tudo foi obra de um único dem?nio?
Kael n?o respondeu. Seus olhos se fixaram na sala de conten??o à frente, onde sua espada e amuleto havia sido levada para análise. Ele apertou os punhos. Lá dentro, gritos abafados ecoavam.
Eles correram até a porta entreaberta e viram a criatura — o Rank A, Azrak — assassinando friamente os cientistas. Uma das vítimas ainda tentou rastejar, mas foi calada com um estalo seco do pesco?o.
Kael sacou sua arma e disparou três vezes.
As balas atingiram o dem?nio... e caíram no ch?o como gotas de chuva contra uma muralha.
Azrak se virou devagar, olhos vermelhos queimando com ódio. Quando viu Kael e Elara, sorriu.
Num único movimento, lan?ou Elara contra a parede como uma boneca, deixando-a inconsciente. Depois, agarrou Kael pelo pesco?o e o ergueu do ch?o.
— Ent?o é você... o portador da Marca do Traidor...
Kael, sufocando, conseguiu dizer:
— Por que me chamam disso?
Azrak aproximou seu rosto do dele.
— Porque essa marca... sela um dem?nio maldito. Um traidor do nosso povo. Um monstro capaz de matar até os mais poderosos com as próprias m?os.
Antes que pudesse esmagar Kael, um disparo atravessou o peito de Azrak. O dem?nio gritou de dor e caiu de joelhos, largando Kael.
Na porta, um ca?ador Rank B segurava uma arma pesada, com selos entalhados — uma das armas especiais da organiza??o.
— Corre, garoto! — gritou ele.
Azrak, furioso, se ergueu e com um rugido atravessou o peito do ca?ador com um único golpe, destruindo a arma no processo.
Kael tentou se levantar, cambaleante. O tempo pareceu desacelerar — seus olhos focaram no movimento de Azrak vindo em sua dire??o. Mas mesmo com essa habilidade.. ele era lento demais. O demonio o arremessa para longe enquanto ri e diz.
—Isso é tudo que você pode fazer, mesmo com todo o poder da marca???
Kael estava caído, enquanto do dem?nio andava em sua dire??o se preparando para um ataque final.
Até que Elara tentou intervir dando disparos com a arma de Kael que havia caído no ch?o, mas o dem?nio a agarrou pelo pesco?o. Rindo ele diz.
—Sendo protegido por uma garota t?o fraca, você é patético, n?o entendo o medo que ELE tem de você.
Kael, no ch?o, sentia sua raiva explodir. A Marca em seu bra?o come?ou a queimar intensamente, e do outro lado do laboratório, sua espada vibrou — luzes negras se espalharam em torno dela.
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Como se atraída por um chamado ancestral, a lamina voou em alta velocidade, atravessando o ar e decepando o bra?o que segurava Elara.
Azrak rugiu de dor. A espada girou e foi parar nas m?os de Kael. A lamina vibrou em resposta à dor e à fúria. A Marca em seu bra?o queimava como brasa viva. Ent?o, como se acordasse de um longo sono, a espada come?ou a se transformar.
Ossos e metal negro se entrela?aram, dando forma a uma nova lamina: mais larga, mais cruel, como se tivesse sido forjada de algo monstruoso.
No centro da guarda alada, um símbolo idêntico à marca no bra?o de Kael brilhou em vermelho profundo. Gravado entre as runas, uma inscri??o em língua demoníaca dizia:
“A carne será acorrentada até o fim dos dias. A alma, dividida.”
A aura da espada distorcia o ar como calor de fornalha. Fragmentos da antiga armadura do dem?nio surgiam fundidos à lamina, lembrando peda?os de uma pris?o quebrada.
Quando Kael empunhou a arma, sentiu algo mais: uma consciência adormecida, como se a espada ainda contivesse ecos do que havia nela.
Azrak olhando aquela espada parecia nostálgico como se conhecesse o material que ela era feita, porém com medo, e assim disse.
— Essa espada... pertence ao traidor. Foi feita do próprio corpo daquele dem?nio maldito. Por isso ela pode nos ferir. Por isso ela responde a você.
A nova luta come?ou.
Kael atacou com for?a, seus golpes agora tinham propósito, e a espada respondia ao seu sangue. Ele conseguiu acertar o ombro e o peito do dem?nio, abrindo feridas que fumegavam. O dem?nio parecia sofrer danos reais. Porém ainda sim parecia se divertir com o garoto, como se estivesse completando uma vingan?a , até que, ele voa em dire??o a Kael que conseguiu desviar, parecia que a espada se comunicava com a marca que guiava Kael o tornando capaz de desviar e lutar contra o dem?nio.
E assim a luta durou por mais três minutos, restando assim mais outros quatro minutos, até o corpo do dem?nio se desfazer. Kael conseguiu uma brecha no dem?nio, e quando ele foi desferir o ataque, ele sentiu uma press?o em seu peito, e ouviu uma voz vindo da espada.
— Vo...cê...ain..da... n?o... é .... for...te...o... bas...tante.
E assim Azrak sorriu, e disse — Mesmo com todo esse poder emprestado e roubado você n?o é capaz de me vencer? — Dando um soco em Kael que o jogou do outro lado da sala, deixando a espada cair.
Kael cuspiu sangue, tentando se erguer, pergunta.
— E qual é... desse traidor?
Azrak n?o respondeu. Apenas se preparou para o golpe final.
Faltavam três minuto para seu corpo se desfazer.
Mas antes do ataque cair, duas presen?as invadiram a sala como trov?es.
Serena empunhava sua lan?a especial: uma lan?a energética de duas pontas, com um núcleo giratório no centro. Um mecanismo interno permitia que a lan?a se expandisse em comprimento e liberasse descargas de energia concentrada nos golpes fatais — ideal para exorcizar dem?nios com perfura??es múltiplas.
Soren, por sua vez, brandia sua foice de correntes: uma foice negra de lamina curva conectada a seu bra?o por correntes vivas e refor?adas. O cabo da foice continha um mecanismo interno capaz de lan?ar a lamina como um arp?o e trazê-la de volta, permitindo ataques de longa distancia brutais e pux?es violentos nos alvos.
Os dois atacaram em sincronia.
Azrak agora n?o sorria mais.
Seus golpes eram desviados, bloqueados, revidados com técnica e for?a superior. Cada segundo mostrava que ele era apenas um rato encurralado diante de dois predadores de verdade.
Soren e Elara atacavam ele , cortando suas asas, perfurando seu corpo. Até que Elara perfura a cabe?a do dem?nios perfurando seu olho esquerdo.
Em desespero ele gritou — N?O POSSO PERDER PARA HUMANOS!!! — E assim desesperadamente tentando fugir, voou em dire??o à sala onde o amuleto estava guardado e o pegou.(restam dois minutos)
— Finalmente...
Mas ao olhar para sua m?o, viu que ela havia sido cortada.
A dor veio atrasada.
Ele olhou incrédulo para o que restava do membro, ent?o para seu peito — perfurado pela lamina da foice de Soren, que havia sido lan?ada em forma de arp?o.
— Adeus, desgra?ado. — disse Soren, puxando a corrente e rasgando o peito do dem?nio em duas partes.
O corpo de Azrak se retorceu em dor, sua forma demoníaca queimando por dentro. Com um último grito, ele se desfez em sombras, deixando apenas as chamas da destrui??o para trás.
Minutos depois, os médicos da agência chegaram, socorrendo os feridos e retirando os corpos.
Kael estava sentado, coberto de sangue, com Elara ao seu lado, inconsciente mas viva.
Serena olhava para ele, séria.
— Precisamos conversar sobre essa Marca... e sobre quem você realmente é.
Continua...