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VII - AS CARTAS ESTÃO NA MESA.

  — Caros amigos, vocês deveriam se perguntar o porquê de nossa presen?a inusitada aqui hoje, certo? Há assuntos que precisamos tratar a respeito do nosso país e do seu desenvolvimento... O nosso crescimento é essencial. Muitos de vocês sabem como a guerra entre países foi inevitavel em nossa história... Mas somos mais fortes unidos a nossos irm?os. Esse é o motivo pelo qual os chamei aqui. Os dois guerreiros que est?o à nossa frente s?o Yellow Ignis Taylor e sua irm?, Rebecca Ignis Taylor. Ambos s?o da família real do quarto país.

  — agrade?o pela gentileza, senhor Ferrum. Creio que nossos países possam cooperar juntos nesse momento de escassez. Juntos somos mais fortes, como foi dito... Mesmo que os irracionais de outros países n?o acreditem nisso, a única coisa que importa para eles é o monopólio da soberania. Creio que podemos romper esse pensamento e, juntos, formar alian?as. Os ataques de dem?nios têm sido frequentes em minha capital. A vida tem sido t?o extinta que eu n?o pude evitar de pedir ajuda a Vossa Excelência. Meus esfor?os s?o direcionados ao seu dispor, assim como seus também exclusivos ao país do Fogo (quarto país).

  Maestro olha um tanto incrédulo pelo seu erro ao confundi-lo com Albert, mas continua com seu sorriso pontual. Seu olhar analisa ambos os guerreiros à sua frente. Yellow é um tanto alto e imponente, sua armadura real?a mais ainda isso. Seus cabelos roxos s?o como os da antiga guerreira de seu povo, cicatrizes em seus olhos destacam sua capacidade. O rei do quarto país está à sua frente... Mesmo com um de seus olhos cegos, ele ainda parece bem perspicaz. Sua irm? é o retrato de como as pessoas descrevem a antiga heroína: cabelos roxos e pele parda, assim como seu irm?o. Seus olhos s?o t?o afiados. Ela é uma jovem que emana potencial. Ela é baixinha, mas isso n?o esconde sua proficiência. Ela usa armaduras como seu irm?o.

  — Ah?, ah?... Me desculpe, senhor Taylor, mas n?o sou o guerreiro que carrega o nome de Ferrum. Mesmo n?o sendo da família real, fui nomeado como representante. Os herdeiros daqui n?o estavam em uma posi??o muito adequada para governar... No entanto, estou fazendo tal ato com maestria e honrando nosso povo. Sou conhecido como Maestro, pode me chamar assim.

  Yellow ent?o olha um tanto decepcionadp, como se repreendesse a si mesmo.

  — Perdoe-me, senhor Maestro. As coisas por aqui s?o diferentes, ent?o? Hahaha. Imagine que, mesmo com esse detalhe, o país tem estado em boas m?os.

  — Sim, está. Ferrum é o diretor de nossa organiza??o e ele tem se esfor?ado muito para colocar nossos membros na linha. Maestro ent?o aponta para Ferrum de forma cordial e o mesmo abaixa sua cabe?a em respeito e se assenta novamente ao seu lugar, enquanto os representantes est?o assentados à mesa. O mesmo se questiona se a m?o direita do rei é a irm? de Yellow por sua capacidade, mas ela parece jovem demais para isso. Alexander está próximo ao rei, mas n?o está assentado à mesa, assim como Rebecca.

  O olhar de Yellow vaga pela sala e se encontra com Ferrum, que curva a cabe?a. Mas algo chamou sua aten??o: o guerreiro que está ao lado do Maestro. E se pergunta se aquele é o guerreiro é o mesmo falada por todos os reinos.

  — Você? Alexandre, certo? Já ouvi muitas histórias sobre você... Fico feliz em vê-lo em pessoa.

  — Obrigado por seu reconhecimento, Alteza.

  Rebecca ent?o franze as sobrancelhas e diz em tom de deboche:

  — Ficaria feliz em testar a sua for?a... Subordinado.

  Yellow ent?o serra os olhos para sua irm? e a repreende apenas com um simples olhar.

  — Yellow, sobre o que o senhor conversou comigo mais cedo... Disse que precisava de alguns refor?os. Estamos em uma situa??o t?o complicada em nossa capital. Alguns soldados daqui est?o até mesmo indo para lá, mas posso enviar um pequeno grupo de guerreiros competentes para ajudar na sua linhas de frente. N?o posso ajudar com muito, mas é tudo que tenho a oferecer no momento. Estaremos unidos e meus subordinados n?o far?o mal aos seus.

  Martin, que também esteve na reuni?o junto com outros superiores, se levanta e vai até seu rei, curvando-se.

  — Perdoe-me por minha intromi??o, meu senhor... Como general, eu sei bem quais guerreiros est?o qualificados para essa miss?o. Eles est?o em treinamento e podem ser uma boa experiência para todos.

  — E quem seriam os escolhidos? Coloco o seu pesco?o na corda caso algo de errado aconte?a. Eu conhe?o seu potencial, general Martin, só você sabe bem quem s?o os melhores para isso, mas n?o quero falhas aqui. é como um campo minado toda essa situa??o em nossos países. Um erro e você perde todo o seu progresso... Mas diga-me, quem s?o eles?

  — Eu recomendo meu antigo grupo... Creio que suas habilidades sejam fortes no combate se combinadas. Eles n?o s?o t?o fortes, mas s?o uma equipe perfeita em um caso como esse. O representante dessa equipe poderia ser alguém experiente. Creio que isso ajudaria muito, e sei que o radiante Yellow n?o se importará, pois n?o s?o guerreiros muito perigosos e n?o representam amea?a.

  — Se você diz isso, Martin... Aceito sua recomenda??o, mas antes preciso de nomes. Diga-me os nomes para eu analisar.

  “Kaiki A+, Isaac A, Eva B, Lilih A-, Calisto A.” Cada vez que ele diz os nomes, o Maestro analisa falando “Hum”.

  — Creio que realmente seja sua antiga equipe, mas quem é essa nova pessoa? N?o me lembro de ter nenhuma Eva e esse seu rank inferior em meio a essas pessoas de futuro... N?o está tirando uma com a minha cara, está?

  Ferrum se levanta e Maestro o permite dizer enquanto olha um tanto decepcionado.

  — Se me permite dizer... Ela é filha de Hidden. A mesma possui sua habilidade poderosa e sabemos que ele foi um dos maiores guerreiros que pisaram por essas terras. O mesmo foi capaz de matar dezenas de dem?nios sozinho em uma única noite. é por causa dele que esta cidade está em pé até os dias de hoje. Considere sua filha como uma caixa de surpresas. Por fora parece fraca, mas há algo lá dentro que muda tudo isso... A mesma foi capaz de neutralizar um inimigo Rank S- no passado e recentemente venceu Isaac Guerra, que está no rank A... A for?a da mesma é evidente , só precisa de um incentivo, um empurr?ozinho.

  Toda vez que nomes fortes s?o citados, o olhar de Rebeca muda como um gatinho olhando peixes nadando pelo rio... Yellow se sente satisfeito com a opini?o de todos e ent?o diz a sua.

  — N?o vejo problema nas escolhas. Eu mesmo dou uma sugest?o... Que tal alguns guerreiros jovens também irem para a nossa Capital? Seria uma oportunidade e tanto de descobrirmos prodígios que ainda n?o desabrocharam.

  Maestro olha um tanto curioso e estende as m?os como se estivesse negociando.

  — Iremos fazer um campeonato nos níveis inferiores e jovens para ver quem s?o os melhores. Os guerreiros escolhidos por Martin ser?o os responsáveis ??por selecionar os melhores guerreiros do grau inferior.

  Alexander se ajoelha com respeito e diz de forma honrosa.

  — Senhor Maestro, eu irei nessa miss?o... Eu me tornei geral há pouco tempo e representante da equipe, pois Martin estará fora. Creio que meus dias como a M?o do rei est?o contados, mas acredito que posso ser o mentor desses guerreiros e os guiar. Sou poderoso, mas n?o quero usar minhas habilidades para acabar com ninguém... Apenas com os inimigos. Meu irm?o mais novo também está na miss?o e eu quero estar ao lado dele para garantir que nada aconte?a de errado.

  Yellow olha maravilhado e decide aceitar a ideia. O mesmo até atrapalha Maestro, que ia come?ar a falar. Ele continua falando de forma eloquente em excita??o.

  — N?o vejo problema na presen?a de Alexander. é até calmante saber que teremos tal for?a nos apoiando nessa guerra. Também saber que a filha de alguém poderoso poderá estar lá por nós... Matar dem?nios em uma noite é um feito e tanto, assim como a guerra entre vocês e o quinto país. Alexander, eu admiro muito que você tenha protegido seu país nesse dia... Matar cinquenta guerreiros sozinho é um grande feito, mas há outras histórias sobre você que s?o um tanto inimagináveis.

  Maestro come?a a falar enquanto Yellow divaga com uma ideia. Seu alto astral atrapalha um pouco, mas ele volta a falar, n?o deixando que isso fique evidente.

  — Ent?o está decidido, meu caro Yellow. Já designamos as tropas que ir?o. Você encontrará os demais quando forem enviados. Estamos terminados aqui.

  A sala estava um tanto quieta comparada à última vez que Eva adentrou ao lugar... Todos est?o em seus lugares e quietos. é possível ouvir Isaac reclamando de algo para Kaiki. Lilih e Calisto est?o cochilando na mesa, e isso demonstra como elas realmente n?o andam dormindo bem. Passa pela cabe?a de Eva que ficar nessas farras um dia vai custar caro. Yuri n?o está presente como de costume. Depois que soube de sua viagem à capital, que está próxima... Ele mal tem aparecido, e Eva costuma fazer apenas as rondas com ele pela cidade. O mesmo até é mais quieto do que de costume, mas parece estar bem... De qualquer forma ele quer ir mesmo para a capital.

  A porta se abre e, ent?o, os pensamentos de Eva s?o expulsos com uma espécie de susto. A presen?a que adentra a sala, junto de Martin... Os olhos de Eva se lembram bem desse rosto, Alexander, mas o motivo de Martin estar junto do mesmo n?o é evidente para Eva.

  Martin ent?o vai à frente do quadro e apresenta Alexander. Parece que tem algo a dizer, mas o que mais se destaca é seu semblante risonho, que apenas transmite felicidade e até mesmo parece que ele vai tirar umas férias. Mas ele vai direto ao assunto, finalmente.

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  — Como sabem, eu irei viajar para a capital em uma miss?o e n?o serei mais o professor de vocês e nem o general. N?o quero que fique triste por isso, mas ainda tenho boas notícias... Me tornarei um dos guerreiros influentes no combate contra as criaturas, particularmente a Yuri. O mesmo n?o está aparecendo às aulas, pois está em seus treinamentos diários e estamos arrumando a papelada toda. Você deveria se perguntar o motivo da visita do Senhor Alexander, certo?

  — Desculpe-me pela interrup??o, Martin, mas seria melhor que eu explicasse a situa??o.

  Martin aceita a proposta, mas algo além disso chama a aten??o... A forma em que Isaac olha para Alexander é diferente dos outros que est?o maravilhados, pois o mesmo é um guerreiro excepcional. Lilih o olha um pouco com desdém por causa do que o mesmo fez com Alone, mas isso n?o a impede de o achar forte. Isaac olha com um olhar um tanto... é uma mistura de raiva, é como se sua mente estava dizendo: “Eu já imaginava”.

  — Eu, de agora em diante, me tornarei o líder da equipe e serei o general no lugar de Martin. Espero conseguir ser um bom líder e que vocês contem comigo... N?o tenho muito o que dizer, mas vou chegar aonde realmente quero chegar. Fomos designados para uma miss?o de paz e uni?o com a capital do quarto país. O professor Martin indicou todos vocês para essa miss?o e todos foram aceitos pelo Maestro, nosso representante supremo. Fui escolhido como o líder de nossa equipe. N?o atacaremos nossos possíveis aliados... O que buscamos é uma diplomacia. Iremos provar isso ao dar um suporte em sua capital. Vamos para a capital acabar com as criaturas!!!

  — A capital está em um perigo eminente, muitos morrem diariamente. N?o sabemos se retornaremos com vida...

  Isaac ent?o o interrompeu dizendo.

  — Você era a M?o do Rei. Por que diabos está aqui agora como General e líder de equipe? Você n?o era o t?o poderoso guerreiro e foi descartado pelos nobres?

  Martin abre a boca para dizer algo, mas é interrompido por Alexander, que volta a dizer:

  — Isaac, nós somos todos apenas pe?es nessa guerra contra dem?nios. Eu sei que agora fa?o parte de uma estratégia arriscada, mas depende de nós o resultado, meu caro irm?o. N?o é resmungando que iremos resolver isso...

  O olhar de Alexander continua estável e pronto para continuar a dizer. Parece que ele está acostumado com essa arrogancia de Isaac. Os outros est?o surpresos por tudo o que ele disse, mas Eva fica mais surpresa ainda ao realmente ver que os dois s?o irm?os. Isaac é o oposto de Alexander em tudo, mas a personalidade de ambos é até que igual. Entender que os cabelos de Alexander s?o mais brancos por causa de sua idade e os de Isaac s?o escuros, é como a penumbra.

  — Vocês dever?o ser leais a Alexander, pois ele será o líder de vocês a partir de hoje. Caso alguém saia dos trilhos, ele irá repreender, assim como foi ordenado a mim. é uma das for?as mais influentes do nosso país. Vocês receber?o a hospitalidade do Quarto País. Antes de ir para tal lugar, haverá um treinamento em que nossas autoridades influentes observar?o como vocês est?o em combate. Vocês foram aceitos por seu representante e até mesmo por Yellow Taylor, representante do Quarto País. Sintam-se honrados por essa oportunidade de aprimorar suas habilidades e lidar com o perigo iminente. Nem sempre essas barreiras estar?o de pé para nos proteger e uma guerra entre países pode acontecer a qualquer momento.

  Kaiki ent?o solta um vento estridente de seu corpo como uma aura e vai até a frente, dizendo para Alexander de forma animada:

  — Eu farei parte da equipe para a miss?o do Quarto País. Já fui um guerreiro da capital daqui e sei bem como é... Mas infelizmente algo aconteceu e fui afastado. Já estou recuperado o suficiente para voltar ao combate. Eu quero recuperar o meu posto e demonstrar o meu valor.

  Kaiki ent?o tira a sua blusa. Os outros ao seu redor estranham sua a??o, mas logo veem uma cicatriz em seu peito.

  — Foi por causa disso que eu quase morri. Desenvolvi uma fraqueza por causa desse ferimento... Eu estaria morto se n?o tivesse uma guerreira curandeira por perto. Ela me salvou da morte, mas as fraquezas desenvolvidas ao me curar me fizeram regredir em quest?o de meu rank... Meu antigo rank era S, mas atualmente me tornei A... O rosto de Kaiki se torna deprimido, mas ele abre um sorriso por estar em uma nova oportunidade.

  Eva olhou assustada para aquela marca. “é impressionante que ele esteja vivo. Fica na mesma dire??o que o seu cora??o... Mas se ele era Rank S e quase morreu... Me dá calafrios pensar que eu irei para um lugar assim. Mas eu n?o quero ficar vegetando aqui sem fazer nada. Yuri também vai para o campo de batalha e eu sinto que deveria ir também. Sinto que meu pai ficaria orgulhoso disso e até aqui minhas habilidades me levaram... Eu já n?o posso ter medo disso. Irei enfrentar meus medos como Alone disse. Nem parece que sou eu a mesma coisa. O que estou me tornando?”.

  Isaac se levanta e vai junto de Kaiki, ficando quieto. Seu irm?o ent?o sabe de sua escolha, coloca a m?o em seu ombro e volta a olhar para as garotas que est?o assentadas apenas olhando.

  — Lilih, n?o se sente pronta para mudar ou vai continuar atrasando sua vida até quando?

  Lilih dá uma risadinha e vai até Martin, dizendo:

  — Eu vou te provar o qu?o forte eu posso me tornar. Você vai ver Martin. Ela solta uma risada, mas fala baixinho por seu medo de ir para a capital. — Ai ai, onde eu to me metendo.

  Martin a recebe como um pai e diz de forma feliz:

  — Você fez uma escolha certa, mas ainda tem essas medrosas aí.

  Kaiki ent?o volta a dizer, nem mesmo se parece com o que ele falou antes:

  — Dessa vez tudo vai ser diferente. Juntos somos mais fortes como equipe. Eu me recuso a ir para o Quarto País sem uma médica excepcional como você, Calisto... Já dá até para imaginar o porquê... Kaiki come?a a rir de nervoso. — Mas juntos vamos colocar aqueles dem?nios no chinelo. Aproveite que vocês têm um antigo estrategista de batalha junto com vocês e ele está aqui tagarelando agora!

  Calisto se levanta e vai até Lilih, que a recebe com um abra?o. Eva ent?o continua olhando pensativa, mas todos est?o esperando. Lilih se mantém quieta, mas espera que sua irm? vá junto dela.

  — Se prepare, Alexander, que eu vou te aposentar, viu? Vai estar bem estampado no seu documento de aposentadoria: aposentado por Eva Emi Rosa, a nova General.

  Eva vai até os outros que ficam a olhar enquanto Lilih quase a derruba ao ch?o a abra?ando. Ent?o Alexander sorri e diz com superioridade:

  — Vai sonhando, Eva. Eu ainda vou ficar aqui trabalhando por muitos anos, mas me prove que você consegue ser melhor.

  ...

  A garota ent?o olha para seus olhos e diz, enquanto o analisa. Uma express?o de tédio e dúvida pode ser vista em seu semblante:

  — E ent?o, Isaac? O que está mexendo com você? Me chamou aqui para conversar, mas continua pensativo e nada explicativo. Já dá para ver na sua cara que há algo de errado. Pode falar logo? Quando estou trabalhando, n?o dá para conversar, e se for para dizer algo, vai ser agora.

  Isaac ent?o suspira e olha no fundo dos olhos da garota parada à sua frente. Seus cabelos s?o loiros, mas as pontas s?o pintadas com um tom de verde esmeralda. Isso combina perfeitamente com seus olhos verdes. Sua pele é branca e um pouco pálida, mas o que chama a aten??o é sua blusa com uma espécie de toca. As cores s?o verdes escuras e pretas. Já dá para imaginar quem é ela.

  — Estou cheio de raiva por algo que aconteceu. Eu e minha equipe fomos designados para uma miss?o, tanto faz isso aí... Mas você deve pensar que n?o deixariam por causa do meu problema, certo? Mas eu fui permitido a ir. O Diretor disse que eu só iria se meu irm?o estivesse junto. Ele já ia de qualquer forma, mas isso é um tanto chato. Você sabe como eu odeio meu irm?o, Smoking... Isso n?o vai dar certo.

  — Acho que você está fissurado demais com coisas envolvidas com trabalho. Você até mesmo está me chamando pelo meu apelido de soldado. N?o vejo problema em ter seu irm?o por perto, mesmo que você odeie. Ele ainda é seu irm?o. Você só está vivo por causa dele. Vai ter que aceitar esse fato.

  Isaac se levanta e quase derruba a mesa que ambos est?o. Smoking o olhar com um olhar de repreens?o.

  — Peritron, eu já estou cansado dele sendo idiota comigo! Você n?o sabe de nada que ele tenha feito. Até mesmo no meu trabalho ele está lá para mudar as coisas. Ele fica lá se achando com aquela espada brilhante!!!

  — Você tem muito o que aprender, sabia? Você acabou de ser considerado Rank A e vem cometendo muitos erros. Até o mesmo perdeu para aquele recruta do Médico da Agonia. Você está se deixando levar por seus pensamentos e sentimentos. Se n?o conseguir controlar isso, acredito que seu problema pode voltar. Tente ignorar o fato de seu irm?o estar nessa miss?o. Ele é o único que você poderá te salvar caso volte para aquele estado de antes. Mesmo que ele te fa?a mal... Ele ainda te considera como irm?o.

  ...

  Isaac, seu filha da puta, de novo com esses surtos para cima de mim!? O mesmo o golpeia com socos no abd?men e o joga para trás.

  — Controle suas emo??es ou eu vou cortar sua cabe?a para colocá-la no lugar.

  — Cof, cof, n?o fui eu que fiz isso! Foi aquilo que me controlou. Me perdoe, irm?o...

  Alexander fala com raiva, preocupado e irado ao mesmo tempo:

  — Isaac, se continuar dessa forma, eu nem sei o que fazer. às vezes me questiono se você é meu irm?o de verdade. Eu te odeio, Isaac. Seu doente filho da puta!!!

  Os olhos de Isaac ent?o brilham em um tom de amarelo e ele diz:

  — Filho da puta!? Se continuar falando dessa forma, eu vou ter que rasgar essa sua boca imunda!

  — Eu já estou cansado dessa sua instabilidade por causa da corrup??o! Você é inútil o suficiente para n?o controlar seus sentimentos? Você se lembra de como nossa família morreu? Como eu tive que ser forte o suficiente para cuidar de um doente como você? N?o é à toa que eu matei o que eu era só para cuidar de você!

  — Me mate, Alexander!!! Eu n?o suporto mais ver essa sua cara de desgra?ado, n?o aguento ouvir sua voz

  Isaac ent?o come?a a mudar seu corpo. Seus bra?os ganham tons escuros e suas m?os ganham garras. Seus olhos brilham como o escuro absoluto. Terror é o que infunde aos olhos de Alexander. Todo aquele poder que está surgindo à sua frente já foi o terror dele na noite em que perdeu tudo.

  Alexander ent?o avan?a e chega ao mesmo com sua espada brilhante, absorvendo toda a escurid?o e convertendo-a em luz. Isaac ent?o cai ao ch?o sem trevas alguma. Alexander faz com que o processo de corrup??o seja estagnado com seu efeito retardador causado pelo poder da espada. Ele o observa caído no ch?o.

  — Se ele continuar tendo esses surtos, n?o vou conseguir mais salvá-lo. Perdoe-me, irm?o. Me desculpe por n?o conseguir te dar o amor que merece. Mas se eu for dessa forma, eu vou amolecer e perder você. Eu n?o consegui salvar nossa família dessa corrup??o, mas preciso salvar o único que ainda resta, que seja do meu sangue. Entendo que me odeie, mas eu fa?o isso tudo por amor, por tudo que eu ainda tenho... Por tudo que me resta, apenas resta o meu irm?o.

  Alexander se lan?a ao ch?o ao lado de seu irm?o por estar cansado disso tudo.

  ....

  — Acha mesmo que o senhor pode levá-lo nessa miss?o? Eu n?o recomendo, mas se é a sua vontade... é a escolha do meu superior. Temo que n?o posso fazer nada a respeito disso, mas se você diz que ele está bem e sem mudan?as repentinas por causa da corrup??o, está tudo bem.

  — Obrigado, Ferrum. Eu vou estar de olho nele, custe o que custar. Aliás, você acha que o Maestro está bolando alguma coisa ao se aliar com o Quarto País? Isso é um tanto estranho, pois o fundador do país tinha uma briga imensa com o nosso país... Eles até eram inimigos e do nada isso muda?

  Alexander parece um tanto confuso, mas entende as especula??es de Ferrum. Isso o deixa desconfortável, mas ele respira fundo e come?a a falar:

  — Talvez seja um tratado de diplomacia e de recursos, afinal de contas. Basta uma dificuldade bater na porta para que seu inimigo tente se tornar seu amigo. Espero que isso n?o esteja errado. Afinal de contas, seríamos muito mais fortes se aliados a outros países.

  Alexander solta uma risada ao lembrar de algo:

  — N?o é à toa que chamamos nosso fundador de Ferrum, o Empalador. Ele empalou mais de 5 mil guerreiros em uma única noite com suas estacas de ferro. Sua irm?, Ignis Taylor, foi derrotada facilmente.

  — Me conforta ter o senhor caso uma guerra se inicie. Já basta ter dem?nios e tudo mais... Acho que as pessoas se desviam se aliar e acabar com todo esse mal no mundo.

  — Alexandre... Admiro sua coragem, mas até mesmo o homem é um dem?nio no campo de batalha. Tudo o que esses governantes mais querem é poder. Cada um querendo defender seu castelinho de cartas. Um movimento em falso e ele cai.

  — Entendo tudo o que está sendo dito. Estarei de olho em qualquer coisa suspeita no Quarto País e reportarei para o senhor. Mas antes, Ferrum...

  Ferrum olha curioso para Alexander, até mesmo se movimenta em sua cadeira giratória.

  — Eu sempre achei que o senhor seria um governante melhor que Maestro. é possível ver a diferen?a entre um possível Rei e um Ditador... Creio que talvez o senhor alcance esse cargo no futuro.

  — As coisas funcionam de formas diferentes. N?o sou uma pessoa t?o influente no país... Digamos que eu apenas tomo conta dos guerreiros e outros assuntos. Mas ainda estou muito longe de ser alguém influente como as autoridades que estavam naquele dia na reuni?o... Todas s?o como luzes apagadas que só brilham quando o Maestro é ofuscado por algo ou alguém. Eles ficam quietos, apenas esperando que sejam usados como cartas secretas.

  — Se o senhor diz, agora eu preciso ir resolver alguns assuntos sobre a miss?o e assinar alguns papéis, agora que sou o general e líder de uma miss?o importante. Terei que tomar conta de 13 crian?as.

  Enquanto Alexander se despede, Ferrum fala de dentro da sala:

  — Boa sorte, meu caro amigo. Se morrer nessa miss?o, eu n?o o perdoarei, certo? Você é um dos poucos que eu me importo.

  Alexander responde com um gesto e continua andando. Ele ent?o come?a a pensar sobre a miss?o:

  “Me pergunto como será tirar a poeira dos ombros e até mesmo da minha espada... Ninguém nunca foi pareo para ela... A minha boa e velha espada lendária. Me questiono como foi possível que meu av? a forjasse. Uma espada pura e feita de luz. Minha querida irm? era portadora de tamanha espada poderosa. Como ela se adequou a mim e até mesmo com as mesmas habilidades que minha espada mágica. Minha querida irm?... Pena que Isaac n?o a conheceu. Felizmente, eu herdei as mesmas habilidades que ela.”

  Ele tenta abrir a porta de sua casa, mas escuta uma voz diferente vindo de dentro. Ele bateu na porta. Vozes abafadas s?o ouvidas novamente.

  — Isaac, você está esperando por mais alguém?

  Passos s?o ouvidos até que Isaac abre a porta e Alexander adentra, notando a presen?a de mais alguém.

  — Olá, Smoking, ou posso dizer... olá, Peritron. Você está bem, Isaac? Imagino que você esteja ansioso para nossa miss?o.

  Peritron acena com um sorriso, e Isaac o ignora, sorrindo com um sorriso for?ado.

  - Fala, Alexandre. Ainda trabalhando?

  — Eu vim me vestir com meu novo uniforme. Creio que já o entregaram, certo? Preciso ir verificar relatórios sobre a miss?o. Quanto mais rápido eu resolver, mais tempo de preparo terei para a miss?o.

  — Entregaram sim... Está no seu quarto, irm?o.

  Alexander nota o olhar estranho de Isaac.

  — Nada de errado, certo?

  - Eu estou bem...

  Peritron tenta aliviar a tens?o e come?a a tagarelar novamente.

  Boa sorte com seu trabalho, Alexander. Hoje é meu dia de folga e eu estava aqui conversando com Isaac sobre a miss?o. é algo e tanto ser chamado para algo assim... Se ele se esfor?ar, pode até aumentar sua classifica??o. — Peritron solta uma risada for?ada enquanto diz isso de nervoso.

  Alexander suspira, sorrindo um pouco, e vai até seu quarto.

  Peritron envolve seu cabelo em um de seus dedos e diz:

  — Acho que já estou indo... Boa sorte preparando as coisas aí, Isaac. Até logo amigo.

  — Obrigado por tudo... Peritron.

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