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Capítulo 4 - Treino Noturno

  Andavam em meio ao luar até à pra?a, enquanto estavam a andar sobre a Menor rua de Jacob, após terem passado a Grande rua de Jacob, uma flecha vai em dire??o a Johan que para com apenas um dedo e lan?a um olhar frio para o lugar. O inimigo poderia estar escondido meia a escurid?o, mas o corvo de Johan via-o com clareza:

  -N?o te escondes, nem mesmo deste caolho. Jovens, protejam-se.

  Havia um homem vestido de negro em cima de uma árvore, possuía uma espada e um arco. Johan fez formar-se uma corda de gelo saída das suas m?os que o lan?aram até à árvore onde empurrou o inimigo para trás, fazendo-o cair. Kris e Ethan ficam abismados com o que viam. Johan desembainha a sua espada, a lamina era de a?o, mas tinha uma camada espessa de um gelo muito denso que a cobria. Era mais afiada do que um pico de gelo. Johan sopra em dire??o aos membros superiores e inferiores do inimigo enquanto este estava de joelhos a levantar-se, imobilizando o oponente.

  -O quê!? Mas que frio da desgra?a! - Reclamou o mercenário arrepiado

  -Estás a tremer, n?o sei se é pelo frio ou pelo medo. A tua coragem vai embora quando és apanhado, canalha! N?o tens honra, és só mais um destes mercenários. - Johan parte a máscara dele com um breve corte. - Agora diz-me, homem sem honra, o que fazes aqui?

  -Senhor, mil perd?es. Eu sou um camponês, destas terras, sem dinheiro. A recompensa pelo senhor era muito alta, ent?o pensei que poderia mudar a minha vida.

  -Tirando a minha? N?o me parece justo. Bem, há um motivo para a recompensa ser alta, n?o? Dos como tu, há aos montes. Já enfrentei vários estrumes como tu antes, e uns bem mais fortes, nem pareces ter muito treino. Responda às minhas perguntas e talvez eu poupe a sua mísera vida. Quantos mais vêm aqui para me ca?ar?

  -Que eu saiba, mais ninguém senhor! Eu vim sozinho, só queria alimentar a minha família.

  -Família.... Agora, diga-me, quem te contratou!? Quem te trouxe para mercenário?

  -N?o posso dizer senhor! Se eu o dizer, eles acabam com tudo o que tenho, comigo, com minha casa, com minha família, com tudo!

  -Malditos cabr?es leais sejam vós. Todos vocês s?o leais, mas n?o é por honra, é por medo! Se tivessem a chance viravam a costa e assumiam o trono de quem vos trouxe. - Dizia enquanto uma m?o apontava a lamina à cara do homem e a outra m?o contra a testa. - Queres proteger a tua família? Eu um dia também tive uma, e vocês, mercenários, tiraram-na de mim. O idiota disse que era o meu pre?o pelo meu falso tributo no deserto, acabou com um buraco na testa.

  -Eu entendo senhor, mas por favor tenha perd?o!

  -Eu n?o sou famoso por ter piedade. - Fez a sua típica cara fria e séria para o homem. - Provaste-te capaz de ferir alguém mesmo sem saber o que ela fez, n?o mereces perd?o.

  Johan cortou rapidamente a cabe?a dele. Ethan e Kris olharam aterrorizados.

  -Rapazes, entendo vossa rea??o. Foram criados dentro de uma casa quente, mas o lado de fora do inverno é frio e cruel. Se querem ter destaque neste mundo, s?o necessários sacrifícios.

  -Consegues... usar poderes!? - Kris

  -S?o joias, poucas pessoas nos 7 reinos tem, até onde eu saiba. A única que tenho é a do gelo. Absorvi a sua energia há muito tempo.

  -Ent?o as crónicas de Emill Sverre s?o reais? - Questionou Ethan

  -Sim, esses mercenários s?o o cúmulo do lixo

  Os dois rapazes ficaram sem mais palavras até chegarem ao port?o da pra?a. Ao chegarem lá, Ragnar estava na porta, que reconheceu Storm e cumprimentou todos:

  -Bem-vindos a todos. Boa noite senhor Johan. Olá Kris, parece que nos encontrámos outra vez.

  -Olá, és me familiar, mas n?o estou a perceber de onde.

  -é normal, viste-me outro dia na quinta, quando foste entrar na pra?a.

  -Ahh, já me lembro!

  -Bem, eu sou um patrulheiro do inverno, e como já tinha combinado com sir Johan, vos deixarei entrar aqui para treinarem.

  -Obrigado por nos deixares treinar aqui Ragnar, mas n?o me chames de “sir”, n?o passo de um burguês.

  -Um burguês mais honrado do que muitos nobres. - Retorquiu Ragnar

  -N?o sei se honra é a palavra certa, mas é algo assim.

  -Enfim, continuaremos este percurso.

  Ragnar abre o port?o e deixa os convidados atravessarem primeiro, depois entrou e fechou o port?o. Lá, tinha uma grande pra?a de treino, com constru??es em volta, como pequenas casas, uma pequena taberna onde os patrulheiros almo?avam e jantavam e um armazém de armas.

  -Sejam bem-vindos à pra?a dos arqueiros, apesar do nome, n?o treinamos só arqueiros aqui. As muralhas também têm infraestrutura dentro das paredes, mas é aqui que costumamos treinar os mais novos membros.

  -Parece que perdeu um pouco de qualidade. - Apontou Johan, notando que as constru??es estavam desgastadas.

  -Sim, infelizmente, mas continua boa para treinarmos com eles.

  -Kris, eu sei que queres muito usar a tua espada, mas deixa-a num canto. Para treino, usamos somente madeira.

  -Ah, tá bem.

  Kris pousou a espada num canto, desapontado. Johan deu uma espada de madeira aos dois e também pegou em uma:

  The story has been taken without consent; if you see it on Amazon, report the incident.

  -Vocês ainda n?o têm maestria nenhuma. Peguem na espada com as duas m?os e ataquem assim. - O “Frio” ficou com as duas m?os a segurar o cabo da espada, uma no início e outra no fim, com a espada mais para a esquerda, com a m?o direita a ser a m?o inferior.

  - A vossa posi??o de combate é muito importante, vamos com o básico para come?ar. Agora um corte básico. - Johan fez um corte simples para a frente num manequim de palha. Os dois conseguiram replicar facilmente.

  -Muito bem rapazes. - Declarou o Frio. - Agora, vou precisar da tua ajuda, Ragnar.

  -Como desejardes senhor.

  -Pega numa espada de madeira e tenta atacar-me. Eu irei defender. - Ragnar ataca com classe, mas Johan defende, movendo a sua espada contra a do inimigo e fazendo com que as duas espadas formem uma cruz, depois, muito rapidamente, contra-atacou colocando a lamina no pesco?o de Ragnar.

  -Tinha me esquecido de como o senhor era habilidoso.

  Johan fez um riso breve e depois disse para os rapazes tentarem. Eles repetiram e treinaram mais algumas maneiras básicas de ataque, depois foram fazer um duelo:

  -Vocês s?o capazes de lutar várias vezes lado a lado, ent?o vamos tentar fazer um duelo entre vocês os dois, mas depois, um duelo dos dois contra eu ou Ragnar.

  -Ok, que assim seja! - Kris – Eu n?o vou ir com leveza Ethan!

  -Vamos ver. - Ethan ajeita os óculos e prepara-se

  Ehtan fica na pose que Johan ensinou primeiro, mas Kris fica com outra, com a espada no centro e inclinada para a frente. Os dois olharam-se nos olhos de forma séria. Andaram um pouco às voltas até Kris tentar acertar Ethan com um corte. Ethan n?o estava t?o confiante, mas era inteligente, observara tudo e bloqueara o golpe. Depois contra-atacara até ao pesco?o de Kris. Storm estava otimista e empolgado, n?o deixaria com que seu animo ali acabasse, ent?o bloqueou e no mesmo momento Ethan virou a espada para atacar por baixo e Kris defendeu novamente. Ouvia-se o “Tuc” das espadas a baterem-se. Ethan pressionou, mas Kris fez um contra-ataque contra o peito de Ethan que se esquivou para trás, perdendo um pouco de equilíbrio, mas estava a ficar mais confiante. Os dois estavam a ficar empolgados e agitados com aquilo, mas Ethan estava mais frio do que Kris. Ethan perdeu a chance de retribuir o golpe e Kris sabia disso, mas estava indeciso, pois se atacasse também poderia ficar com o peito muito exposto. Kris recua um passo, pressionado, e fica com os dois bra?os a segurar a espada na horizontal, levemente inclinada e em cima. O próximo golpe poderia decidir tudo e os dois sentiam exatamente isso. Ethan fica defensivo e com a m?o na sua bolsa, deixando Kris intrigado. Kris ganhou coragem e de forma valente atacou Ethan por cima, que defendeu ao usar um punhal que pegou na bolsa e depois tentou fazer press?o contra a espada. Ethan tinha menos for?a e uma arma menor, ent?o n?o aguentou por muito, mas conseguiu levar a espada até ao pesco?o de Kris.

  -Ethan ganhou. - Declara Johan

  -Ah, tiveste sorte! - Disse Kris ao apontar a espada com um bra?o

  -Vamos deixar as desculpas para depois e come?ar o próximo duelo. Ragnar, enfrente-os.

  -Com certeza senhor.

  Ragnar, com o seu 1 metro e 83, cabelo e cavanhaque ruiva, olhos verdes e sorriso confiante, preparou-se para come?ar. Ethan e Kris ficaram os dois à frente do inimigo, mas em lados opostos. Quando foram os dois atacar, Ragnar num instante bloqueou os dois ataques e pressionou a lamina dos dois até vencer na disputa. Eles perceberam o que é enfrentar um patrulheiro a sério. Ele venceu na disputa, empurrando-os para trás. Kris ataca e Ragnar defende. Ethan vai para trás de Ragnar, que se esquiva para o lado, fazendo Ethan quase acertar Kris. Os dois tentaram atacar o patrulheiro outra vez, mas mais centralizados e mais afastados. Ragnar defendeu os dois rapidamente, mas com alguma dificuldade, e acerta uma pancada contra os dois.

  -Se isto fosse uma batalha a sério, teriam sido cortados no bra?o agora. Vocês têm de melhorar a vossa condi??o física.

  Os dois n?o se abalaram e mesmo com a dor continuaram. Ragnar encolhe os ombros e recomp?e-se em posi??o de combate.

  -S?o destemidos, isso devo-lhes dizer. - Elogia Ragnar.

  Eles fazem mais algumas trocas de golpes, mas depois de 2 minutos, eles come?am a ficar cansados e n?o aguentam o ritmo. Ragnar, dessa forma, empurra Ethan para longe com a press?o da espada e depois bloqueia o ataque de Kris e aponta-lhe a arma ao pesco?o.

  -Ah, chega! Preciso de respirar. - Kris estava com o corpo dolorido após a dan?a de esgrima.

  -Vocês os dois têm algum talento. Porém, nunca treinaram de grande forma, ent?o o vosso corpo n?o aguenta grandes esfor?os, dessa forma, n?o aguentam sequer carregar uma armadura.

  -Exatamente Ragnar. Amanh? come?a o vosso treino físico.

  Os dois ficaram com uma cara desesperada e caíram no ch?o.

  -Hahahaha, lembro-me quando tinha menos da idade deles e o senhor treinou-me.

  -Tempos que passam a correr, mesmo assim esses já eram tempos difíceis. O problema é que eles ainda n?o perceberam a verdadeira dificuldade que está na sua frente.

  Algum tempo depois eles levantaram-se do ch?o:

  -Ragnar, ser um patrulheiro parece incrível. - Kris

  -N?o te iludas. As muralhas s?o lugares para bastardos e outros sem honra. é verdade que alguns podem-se destacar e ser nomeados cavaleiros, mas s?o casos raros. A maior parte de nós é importante para este reino, mas nem tem o agradecimento retribuído, ainda mais quando sir Theodor Holmen, assumiu o cargo da m?o do rei. é irónico, já que a casa dele é conhecida por guerra, mas acho que ele despreza nós bastardos e exalta os cavaleiros. Ouvi dizer que é um ótimo guerreiro, mas n?o t?o bom assim conselheiro.

  -Ele é irm?o do forjador, n?o é?

  -Sim, ele e o pai queriam trazê-lo para cá, mas ele foi mais esperto e tornou-se num ótimo mestre de forja. Nas muralhas ele seria um ninguém, mas como forjador, a maior parte dos guerreiros de Frostland ficam dependentes dele.

  -Realmente. Ele tem algum herdeiro?

  -N?o. Mas eles os dois têm uma irm? mais nova, Liv Holmen. N?o sei para quem vai os títulos, já que um é an?o e a outra é mulher.

  -Enfim, é uma família complicada, mas já vi piores. Vamos voltar ao treino. Existem várias coisas importantes que o guerreiro deve levar, a sua arma, a sua pose de combate, o seu estilo de combate... Mas também o conhecimento do oponente e a sua adaptabilidade. Existem diferentes estilos para diferentes oponentes. N?o lutas da mesma forma contra alguém do tamanho, do que contra alguém do dobro do tamanho. Quando estás contra alguém mais forte, provavelmente vais ser mais rápido e é aí que tens de focar o teu jogo, desvias-te dos golpes adversários e tentas acertar mais golpes. A arma que usas também faz diferen?a para isso, mas vamos come?ar com a espada. Ter alguns brinquedos a mais, como flechas explosivas, para alguns é trapa?a, para mim é prepara??o. - Kris e Ethan ouviam com aten??o. - Hoje está muito tarde para fazerem grandes coisas fisicamente, mas talvez ainda podem treinar mais, o cansa?o do corpo n?o é o limite total. A vossa velocidade de rea??o tem de aumentar. A vossa for?a física também, mas deixemos isso para depois.

  Ragnar fez mais uns duelos contra os dois, e eles também fizeram duelos contra si mesmos. Ragnar venceu todos. Nos duelos individuais, Kris venceu 3 assim como Ethan. Kris sentia-se confiante, por mais que inexperiente, quando pegava numa espada. Após o fim dos duelos eles foram para casa:

  -Enfim, agora está muito tarde, voltem para vossas casas e amanh? voltaremos ao treino. - Já eram 00:00 quando Johan anunciou a hora de voltar

  -Que seja a vontade do senhor. Levar-vos-ei até ao port?o.

  -Vamos lá, já estou exausto. - Kris

  Johan dá um tapa nas costas de Kris:

  -Amanh? há mais! Tens de ser mais forte do que isso.

  De forma cansada, chegaram pelas 00:30 em casa:

  -Vê se o trazes um pouco mais cedo, Johan. - Hulda

  -Vou ver o que posso fazer. - Respondeu de forma breve e apressada, indo embora logo a seguir.

  -Vocês conhecessem-se? - Kris

  -Claro. Depois conta-me como foi o treino!

  -Sim... sim. - Disse Kristofer sonolento, indo para o seu quarto. - Aí, que dia foi este, ou melhor, que noite. Estou todo quebrado.

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