Elas subiram no helicóptero, prontas para partir, mas, antes que decolassem, a voz de Aiko surgiu no rádio.

  — N?o v?o! — disse Aiko, sua voz soando alarmada.

  — O que aconteceu? — exclamou Mira, preocupada, agarrando o rádio rapidamente.

  — O ghoul que achamos que era um general foi eliminado. Subam na muralha e olhem para o céu! — respondeu Aiko, sua voz séria e urgente.

  Sem hesitar, Mira e Rem saíram do helicóptero, virando seus olhares para o céu.

  — N?o vejo nada... — murmurou Rem, estreitando os olhos.

  — Vamos subir. Espere aqui! — disse Mira ao piloto.

  — Certo! — respondeu o piloto, ficando próximo ao helicóptero, atento.

  Mira ent?o manifestou seus tentáculos e, num movimento ágil e firme, envolveu sua m?e em um abra?o seguro.

  — Segura firme! — disse Mira, enquanto os tentáculos come?avam a escalar a muralha com rapidez e precis?o, as duas subindo rumo ao topo.

  — Será que foi assim que a Ann Darrow se sentiu? — brincou Rem, enquanto Mira a carregava com os tentáculos.

  — Para de reclamar! Sua quebra de limite ainda está ativa! — respondeu Mira, seria

  — Foi só uma piada! — disse Rem, rindo.

  Ao chegarem ao topo da muralha, Mira desceu Rem com cuidado e desfez os tentáculos, preparando-se para a batalha.

  — Tem coisas na muralha! — disse Mira, olhando ao redor com aten??o.

  — S?o vários ghouls pequenos? E eles est?o destruindo as armas! O que está acontecendo? — exclamou Rem, alarmada.

  A voz de Aiko ecoou pelo rádio, cheia de urgência: — Foi obra do ghoul que está no céu! Eliminem esses pequenos agora, ou v?o acabar com nossas defesas!

  Mira e Rem levantaram os olhares, buscando o céu. Lá no alto, a cena era impressionante: o Mini Ghoul enfrentava ferozmente um Ghoul maior, com um porte e presen?a que deixavam claro sua posi??o de general.

  — Agora esse parece ser um general! — disse Rem, admirada com o embate aéreo.

  — Lá no alto n?o temos como interferir — comentou Mira, cerrando os punhos. — Vamos focar no que podemos fazer!

  Mira ent?o levou o rádio ao rosto e deu as ordens: — Vamos eliminar os ghouls que est?o em cima da muralha! Todos os soldados, continuem atacando os que est?o no ch?o! N?o deixem que alcancem as bases!

  — Entendido! — responderam os lideres no radio

  Mira e Rem sacaram suas armas e avan?aram em dire??o opostas contra sos pequenos ghouls que infestavam a muralha. Enquanto isso, o embate no céu continuava a lan?ar sombras de destrui??o e esperan?a sobre o campo de batalha.

  Enquanto os soldados enfrentavam os ghouls no solo, algo impactou o ch?o com uma for?a tremenda, levantando poeira e estilha?os. O estrondo atraiu a aten??o de todos — ghouls e humanos. Quando a poeira assentou, a vis?o foi chocante: o Mini Ghoul, caído, com as asas e os tentáculos dilacerados.

  Enquanto os soldados enfrentavam os ghouls no solo, algo impactou o ch?o com uma for?a tremenda, levantando poeira e estilha?os. O estrondo atraiu a aten??o de todos — ghouls e humanos. Quando a poeira assentou, o cenário era chocante: o Mini Ghoul estava caído, suas asas e tentáculos dilacerados, enquanto uma figura imponente permanecia ereta. O General Ghoul havia pousado no centro do campo de batalha, mas sua postura n?o era de alguém que acabara de dominar o inimigo.

  — Hm. Até que você é forte. — A voz do general soou baixa, mas gelada, como se ele estivesse apenas comentando algo trivial. Seus olhos semi-cerrados escanearam o Mini Ghoul, e ele deu de ombros, como quem já esperava aquele resultado. — Me diga... Por que está desperdi?ando tempo ao lado dessa ra?a fraca? — Ele falou com uma falta de interesse t?o evidente que parecia quase insultante, como se a luta em si fosse irrelevante.

  O Mini Ghoul, cambaleando, retraiu os restos dos tentáculos e come?ou a manifestar novos, maiores e mais amea?adores. Seu corpo tremia, mas seus olhos brilhavam com determina??o, recusando-se a ceder.

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  — Sabe... Querer enfrentar um general é o tipo de escolha que só leva à morte. — Ele deu um passo à frente, o movimento quase pregui?oso, mas ainda assim carregado de uma aura opressiva. — Mas devo admitir, você é mais interessante do que os líderes de pelot?o que estavam aqui hoje. — Ele ergueu um de seus tentáculos, num gesto que parecia tanto um convite quanto uma amea?a.

  — Jure lealdade ao monarca — continuou ele, sua voz carregando uma apatia quase provocativa. — E eu te darei algo melhor para fazer... Liderar um pelot?o, talvez. — Seu tom deixava claro que, para ele, nada daquilo realmente importava, como se as palavras fossem ditas apenas por hábito.

  O Mini Ghoul finalmente se levantou por completo, ignorando a oferta e se preparando para o próximo movimento. O general, no entanto, n?o parecia frustrado nem irritado. Ele apenas o observava, como alguém que avalia uma pe?a de xadrez, aguardando o desenrolar da situa??o sem nenhum senso de urgência.

  — O monarca tem interesse nesses trajes... — come?ou o General, com sua voz fria e desdenhosa. — ...e naquelas duas fêmeas lá em cima. Mas, sinceramente, eu n?o entendo. Por que ele quer perder tempo com humanos t?o insignificantes? — Ele suspirou como se estivesse cansado só de pensar nisso.

  — Você fala demais! — gritou Himitsu, avan?ando com rapidez, sua lamina brilhando enquanto tentava golpear o General.

  O General, sem mover um músculo disse: — Humana, estava com tanta pressa assim para morrer? — Sua voz era cheia de um desprezo calmo, como se a tentativa de Himitsu n?o passasse de um aborrecimento menor.

  Antes que Himitsu pudesse recuar, um tentáculo de um ghoul menor surgiu de um dos tentaculos do general e a perfurou na cintura. O impacto foi brutal, e ela caiu de joelhos, segurando a ferida.

  — Himitsu! — gritaram os soldados, a como??o percorrendo as fileiras enquanto o sangue manchava o ch?o.

  Com o rosto torcido em dor, Himitsu cravou os pés no ch?o e segurou a lamina com for?a. — Que bicho irritante! — rugiu ela, girando rapidamente e desferindo um golpe mortal no pequeno ghoul, esmagando ele no ch?o antes que ele pudesse atacar novamente.

  O General assistiu a cena com um olhar quase indiferente, mas um pequeno sorriso — algo entre a divers?o e o tédio — apareceu em seus lábios. Ele voltou sua aten??o para o Mini Ghoul, que continuava a encará-lo com determina??o feroz.

  — Você parece querer poder... — disse o General, inclinando levemente a cabe?a, como se estivesse observando um inseto interessante. — Mas aqui está a verdade: você n?o vai mais evoluir. N?o importa o quanto coma — humanos ou ghouls. No fim, eles nunca passar?o de alimentos para você. — Ele deu de ombros, como se estivesse apenas constatando um fato irrelevante.

  O General estreitou os olhos, sua express?o ainda desinteressada, mas sua voz ganhou uma ponta de provoca??o. — Você parece n?o ter entendido algo fundamental... — Ele apontou um dos tentáculos na dire??o do Mini Ghoul, com movimentos pregui?osos, mas amea?adores. — Você n?o é um dos escolhidos.

  Himitsu, mesmo ferida, se levantou lentamente, apoiando-se na lamina. — Sendo ele escolhido ou n?o, nós n?o vamos deixar você vencer... — disse ela, o brilho feroz ainda em seus olhos.

  O General apenas soltou um suspiro longo e desinteressado. — Que desperdício de esfor?o.

  — Hoje n?o é dia para lutar. — A voz do General era lenta, quase pregui?osa, como se ele estivesse entediado. — Embora tenhamos permiss?o para subjulgá-los, o Monarca apenas fez o pedido para vim confirmar a quantidade de grávidas. Apresente-as, e pouparei os humanos, como foi acordado. — Ele falava com desdém, os olhos quase sem vida, como se a situa??o fosse pouco mais que uma distra??o aborrecida para ele.

  — N?o temos nada para vocês, seus vermes! — gritou Himitsu, o olhar ardendo de raiva, mesmo enquanto segurava a ferida na cintura.

  O General suspirou, como se tivesse acabado de ouvir algo extremamente cansativo. — Claro que n?o. Humanos... sempre t?o previsíveis. — Ele deu alguns passos para trás, seus movimentos calmos, como se n?o estivesse em um campo de batalha.

  — Ele vai recuar? — pensaram Ravena e Joana, trocando olhares rápidos enquanto se aproximavam de Himitsu.

  — Fique parada, você precisa tratar isso agora! — disse Lena, preocupada, ajoelhando-se ao lado de Himitsu.

  — N?o... — Himitsu apertou os dentes e tentou se levantar. — Ele vai fazer alguma coisa... precisa ser impedido!

  De repente, o Mini Ghoul avan?ou em um borr?o, indo diretamente contra o General. O campo de batalha pareceu parar por um segundo, mas o General nem piscou.

  — Tsc. — Ele balan?ou a cabe?a, como se estivesse desapontado. — é em v?o.

  Os tentáculos do General come?aram a se mover lentamente, mas com um brilho amea?ador. De repente, eles se estenderam para os lados, e ent?o, sem aviso, cada um come?ou a se fragmentar em dezenas de peda?os, como se ele próprio n?o tivesse interesse em mantê-los intactos.

  — Isso deve ser o suficiente. — Ele murmurou, quase como se estivesse falando consigo mesmo, o tom indiferente, como se estivesse mais preocupado em terminar logo e voltar para algo mais interessante.

  Os fragmentos caíram ao ch?o, mas antes que tocassem a terra, come?aram a se contorcer. Eles pulsaram e se transformaram, cada peda?o crescendo e assumindo formas de pequenos ghouls. Em quest?o de segundos, o campo de batalha estava tomado por essas criaturas, cada uma com olhos brilhantes e movimentos frenéticos.

  Os soldados assistiram em horror enquanto os pequenos ghouls corriam em dire??o aos corpos dos ghouls mortos. Cada criatura se lan?ava sobre um cadáver, rasgando e devorando-o com uma fome animalesca. Ossos estalavam, carne era dilacerada — o som era grotesco, perturbador.

  — Eles est?o... se alimentando? — murmurou Lena, a voz quase inaudível.

  Assim que um pequeno ghoul terminava de devorar um cadáver, seu corpo come?ava a mudar. A pele ondulava, como se algo estivesse prestes a emergir de dentro. Garras cresciam, olhos ganhavam um brilho ainda mais cruel, e em poucos segundos, eles haviam assumido as formas dos ghouls que devoraram — clones perfeitos, mas com uma presen?a ainda mais sinistra.

  — Isso é... isso é loucura! — gritou Joana, recuando alguns passos.

  O Mini Ghoul tentou atacar o General novamente, mas este levantou a m?o, detendo os tentáculos do adversário como se fosse uma tarefa trivial. Ele suspirou mais uma vez, parecendo entediado.

  — Eu já avisei que é tolice vir para cima de mim. — Ele disse, segurando os tentáculos do Mini Ghoul como se fossem brinquedos. — Apenas sente-se. Assista. N?o há nada que você possa fazer.

  Enquanto os pequenos ghouls agora transformados se espalhavam pelo campo de batalha, criando uma cena de completo caos, o General sequer parecia se importar. Sua express?o era a de alguém preso em uma tarefa que n?o queria realizar.

  — Tudo isso é t?o desnecessário. — Ele murmurou para si mesmo, olhando para o Mini Ghoul com uma mistura de irrita??o e desprezo. — Eu deveria estar fazendo algo mais útil agora.

  Mesmo enquanto seus inimigos eram subjugados, ele parecia... desinteressado. Como se o massacre que se desenrolava à sua frente n?o fosse nada além de mais uma dia comum para ele.

  — Já chega! — ordenou o general.

  No campo de batalha, os ghouls recuaram, deixando vários corpos de soldados espalhados pelo ch?o.

  "O que está acontecendo? Os soldados est?o presenciando isso enquanto lutam?" — pensava Emilia, aterrorizada enquanto segurava sua sniper com as m?os trêmulas.

  — Fique atrás de nós! — disse um soldado do quinto esquadr?o, protegendo-a com determina??o.

  — Se já haviam reunido as grávidas, deveriam ter falado antes. Agora vejo o resultado de sua escolha impensável. — O general falava em tom desdenhoso, quase entediado, mas sua presen?a ainda assim impunha respeito e temor.

  — Do que ele está falando? — pensavam os soldados restantes, confusos e desconfiados.

  — Tem um caminh?o se aproximando da entrada! — alertou Aiko pelo rádio.

  — Abra a passagem! — ordenou o general com indiferen?a, suas asas batendo lentamente.

  — Você n?o manda em nós! — gritou Himitsu, enfurecida.

  — N?o me fa?a atacar o restante de vocês. N?o ter?o chance. — O tom do general era frio, mas ainda carregava uma amea?a implícita.

  — Abra a entrada! — disse Joana, pelo rádio.

  — Tem certeza? — exclamou Aiko, hesitando.

  — Abra! — confirmou Joana, firme.

  A entrada da muralha come?ou a se abrir com um ruído metálico. O caminh?o continuou avan?ando lentamente, saindo da fortaleza. Sobre ele, um pequeno ghoul repousava. Assim que o veículo cruzou os port?es, o pequeno ghoul se desfez, desaparecendo completamente no ar como poeira.

  O caminh?o parou perto do general, que o observava com desdém.